Bom dia, senhores pais e alunos do colégio Teresa Gil de Moura.
Quero felicitar a todos por seguirem as orientações que toda a equipe do colégio (professores, coordenação, direção e auxiliares) passou, e continua passando, para o enfrentamento desses dias ainda emblemáticos que teremos pela frente e daqueles que marcaram o início dessa reviravolta em nossos planejamentos.
São novos tempos para nós todos, nunca presenciamos algo parecido. Talvez tenhamos algum dia lá atrás, escutado alguma história de nossos avós, no meu caso tanto do avô como do pai, sobre o período de 1940 – 1945, durante a 2ª Guerra Mundial em que o caos, a desordem econômica e social grassou por aqui também e não só na Europa.
O mundo, e nós inclusos, sairemos dessa, depende só de nós, bem melhores como seres humanos, como pessoas, como nação e como planeta. Neste momento, e não só nele, aí que residirá nossa melhora, temos que nos unir para enfrentarmos o que está acontecendo. O vírus é analfabeto, não lê jornal, não escuta rádio, não se comunica via internet.
Confiarmos nas orientações dadas por aqueles que estão ali, na linha de frente, na lida com a pandemia, é fundamental. Me arrisco fazer uma associação com a forma tradicional dos exércitos atuarem nas guerras. Esses profissionais são os soldados da Infantaria do exército, os Infantes, que como reza a lenda, são aqueles que lutam olhando nos olhos do inimigo: “levam bala deles e da sua Artilharia, o fogo amigo, que está na retaguarda para dar-lhes cobertura no seu avanço, muitas vezes lento, na conquista de posições e neutralização das posições do inimigo permitindo, assim, o avanço de todo o contingente que está na retaguarda”.
Pessoal, sinto orgulho de toda a comunidade do Teresa Gil de Moura e sei que todos estamos no mesmo barco, em busca de um país melhor, cidadãos melhores, cidades melhores, economia melhor, educação melhor e com qualidade que é nossa missão como escola, porém, sem deixar de alinhavar a essa missão todas as anteriores.
Vamos aproveitar este tempo de convivência mútua, o isolamento social, para aprendermos mais conosco mesmo, com nossos filhos, filhas, esposa/esposo. Vamos “dar um tempo” como dizem nossos alunos, no isolamento virtual que estávamos mergulhados e não sabíamos ou não queríamos admitir, conversarmos mais e olhar olho no olho, como o Infante faz na guerra, mas não para derrotar o inimigo e sim, visando a aproximar mais do filho, da filha, da esposa, do esposo ou de quem mais estiver “confinado” junto conosco na residência.
Deixemos um pouquinho de lado as notícias sobre o coronavírus, é importante saber como ele está se comportando (só não mandem ele para a Diretoria por causa da indisciplina para receber uma advertência!) porém, vamos aliviar um pouco o ambiente doméstico, lermos um bom livro, assistirmos um bom filme juntos, algo leve, de preferência uma comédia para rirmos um pouco, deixarmos a sisudez de lado, desopilarmos o fígado como dizia um amigo meu de república.
Uma vez li uma crônica na qual o autor, não lembro seu nome, nem quando foi isso, discorria sobre o fato que muitos cidadãos cultivavam o hábito, eu sou um deles, de ler logo pela manhã o jornal, antes mesmo de tomar seu café matinal e, assim, dizia ele, a pessoa mais importante do jornal era quem elaborava o título da manchete com a qual o jornal ia marcar sua edição do dia. Se fosse uma manchete carregada de negativismo, que causasse um sentimento ruim, de cunho depressivo, nem sei se essa palavra era de emprego comum à época, o dia do leitor provavelmente seguiria nessa toada pelo menos nas primeiras horas dele e, quiçá, nas posteriores. Porém, se fosse uma manchete que espelhasse algo de bom, de positivo, pra cima, o dia do leitor teria uma grande chance de pelo menos, começar nesse mesmo diapasão.
Boa semana para todos nós e, caso necessitem de algo entrem em contato conosco pelos canais que divulgamos aos senhores. Fiquem em paz e que Deus olhe por este planeta, que é a nossa morada enquanto por aqui estivermos.
Roberto